delicatessen

sabe dessas coisas na vida que você não entende? tem váááárias, né. pois é. tem uma coisa que eu não entendo. por que quando eu digito “fausto fawcett” no google só aparecem 39.100 ocorrências? isso é muito pouco. e diz tanta coisa! eu falo porque acho que ele é um cara muito, muito atual. suas questões e seus personagens estão aí, hoje, conosco. chinesa videomaker, juliette, silvia pfeifer, e a famigerada kátia flávia. facada leite moça. toda e qualquer pesquisa militar tem a ver com o ferro de passar. china-exu, like a virgin. pupilas de vinil brilham ensanguetadas na avenida atlântica. ela chupa pedras de catchup congelado. incessantes imagens de telejornais. eu acho bacaníssimo. tenho o “robôs efêmeros” em vinil, quero ter todos os outros!!!

mas voltando à pendenga dos links do google, ainda existe o fato de que aprox. 99% dos links de resultado da pesquisa são sites de letras de música. não se fala sobre ele, não se comenta. são poquíssimas as referências às coisas que ele anda produzindo. vi um vídeo, acho que no final de 2007, sobre uma produção caseira dele com o dado villa lobos, do legião urbana e mais outros bambas. era o favelost, algo que eu gostaria muito de ter visto. outra coisa que curto demais é a trilha sonora de buffo e spalanzani , em parceria com o mesmo dado (hehehe, adorei a ambigüidade).

curto pra caralho. gostaria muito de conhecer outras figuras que curtem também.
é louco que, fora do meio digital, o cara têm produzido. talvez seja uma coisa um pouco minha, uma expectativa que criei dele ancorada naquilo que via em suas músicas. sua atualidade, de homem do seu tempo e do seu lugar (machado1), me faz pensar que ele hoje seria um cara totalmente digital, que iria deitar e rolar com todas as possibilidades do digital, criando coisas bacanérrimas. ou que pelo menos ele concorresse com as 1.400.000 ocorrências de carla perez, ou com os 2.900.000 para legião urbana. sobre tais escolhas como referências, façam suas inferências.

tem coisas na vida que não se explicam, e talvez para essa questão nem mesmo o fausto tenha resposta. to filosofando já. é que fico incucada mesmo. a questão da apropriação da tecnologia é algo muito, muito complexo. está ficando cada vez mais complexo. o mundo e o jeito da gente pensar.

sabe o que dá vontade? tomar uma cerva no cervantes pra ver se dou de cara com a figura, deve ser bacana demais trocar uma idéia com esse cara. quem sabe ele não me ajuda a entender o porquê disso tudo, da vida, das coisas?

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separei alguns sites que falam dele, tem uns textos muito bacanas, e referências:

* 1 * mondopop
muito bacana esse texto. por ele, descobri que samuel rosa adora fausto fawcett e que fausto costuma tomar umas em um bar chamado cervantes, no rio

* 2 * cliquemusic
em tom mais enciclopédico, esse texto percorre quase toda obra do artista, muito bom!

* 3 * blog do beto largman
notas sobre o favelost, com vídeo

* 4 * atrás do olhos
ele dirigiu um show da maria bethânia!

* 5 * I love blog
outro texto bem bacana, de um cara que parece também curtir muito.

entre as 39 ocorrências sobre fausto fawcett no google, essas foram, juro, as mais relevantes em páginas e páginas de links.


[1] MACHADO DE ASSIS, Joaquim Maria. Notícia da atual literatura brasileira: instinto de nacionalidade. O Novo Mundo, Nova York, 24 mar. 1873. In: COUTINHO, Afrânio (Org.). Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1997. v. 3, p. 801-809.